domingo, 27 de junho de 2010

O IDIOTA E A MOEDA


Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
- Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.

Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.

Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.
Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... É problema deles.

Arnaldo Jabor

Firme Quando em Inferioridade Numérica


A maioria das pessoas faria qualquer coisa para não ser diferente. Preferiríamos, antes, misturar-nos à plebe. Um de nossos maiores temores é o do ostracismo, ser rejeitado pelo “grupo”. A dor do ridículo é grande demais para a maioria das pessoas – não a queremos suportar.

Há outros temores – o temor de parecer tolo, o temor de salientar-se no meio da multidão, o temor de ser mal-interpretado e vilipendiado. O resultado é previsível e ao mesmo tempo trágico: perde-se a coragem.

Visto que tal assertiva expressa à verdade, decidi reunir os quatro capítulos finais de meu livro sob um título principal: Coragem. Viver acima da mediocridade inclui a resistência corajosa. Na análise final, quem quer que se decida a voar alto ver-se-á forçado a enfrentar e vencer a tentação enorme de conformar-se. Tal fato é óbvio porque os que não querem voar alto ridicularizarão os que querem. As águias estarão sempre em inferioridade numérica. Ficar só quando em inferioridade numérica, e enfrentando oposição, pode ser uma experiência desconfortante e ameaçadora.

Pressões assim não são incomuns em numerosas esferas da vida. O estudante aplicado, que obtém excelentes notas, em geral é olhado com suspeita, nunca com respeito. Em vez de os colegas de classe procurarem acertar o passo e produzir mais, preferem diminuir o estudante bom e transformá-lo, fazendo-o parecer tolo. O mesmo pode ser verdade numa equipe de vendas, ou numa vizinhança. As pessoas não querem que ninguém voe alto, especialmente se gostam de “rastejar”! É muito provável que você sofra as mesmas pressões que estou ilustrando. Se não, considere-se felizardo. São poucos os lugares, hoje, em que as pessoas semelhantes a águias, que perseguem a excelência, são admiradas e encorajadas a atingir as alturas mais sublimes. Visto que tal fato é tão comum, sinto que precisamos considerar seriamente tudo quanto é exigido de quem resiste corajosamente.

(Do Livro: “Como Viver Acima da Mediocridade – Levando a Sério o seu Compromisso com Excelência”. Pags.211 a 216. Autor: Charles Swindoll.)

UMA BREVE ANÁLISE DA CONFORMIDADE


Anteriormente, mencionei a importância de algumas linhas do capítulo 12 da carta aos Romanos. Gostaria de voltar àquele pensamento e passar alguns minutos mais, discutindo o contexto geral em que se encontram aquelas palavras.

“Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:1-2)

Permitam-me apresentar seis observações desses dois versículos:

1. Esta verdade é principalmente para o cristão. “Rogo-vos, irmãos...” Se a questão não ficou bem esclarecida anteriormente, preciso deixá-la bem clara, agora. Sem que haja uma fé pessoal e vital em Jesus Cristo, é impossível empreender uma guerra vencedora contra o sistema denominado “mundo”. Tentar voar alto pelo seu próprio esforço, vencendo o poderoso contraproducente. Só Deus pode conceder-nos tal poder transformador, mediante a fé em seu Filho.

2. Há urgência nesta mensagem - urgência intensa, na verdade. Paulo não diz: “Oh, a propósito, talvez fosse interessante...” Não. Ele diz assim: “Rogo-vos”. O autor da epístola pressiona sua pena; sente paixão ao tratar do assunto. E nós também deveríamos senti-la. Ninguém que se entregou ao conformismo precisa afrouxar esforços.

3. Esta urgência relaciona-se com um sacrifício. A questão é que o processo de comprometimento leal representa um “sacrifício santo”. Nunca sacrificamos alguma coisa com facilidade. A idéia total de sacrifício é a entrega de algo importante para nós - desprendimento, abandono, liberação, renúncia. A urgência implica em sacrifício. Observe que o sacrifício não só é “santo”, mas também é “vivo”. Um dos maiores problemas de um sacrifício vivo é que ele está sempre a arrastar-se para fora do altar!

4. Este sacrifício abrange dois reinos: a pessoa interior e a pessoa exterior. A pessoa interior é atingida pela palavra apresenteis - “Rogo-vos... que apresenteis os vossos corpos.” Esta é uma decisão que tomamos nas profundezas de nosso ser. Em seguida, há a pessoa exterior, “vossos corpos” - a parte de você que toca o sistema ao seu redor. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus”, diz Paulo, “ que, vós, que sois cristãos, tomeis uma decisão que venha do profundo de vossos corações: apresentai os vossos corpos.”

Esta questão de apresentar nossos corpos é muito prática. Eu precisei tratar dessa questão de forma consciente quando fui para o estrangeiro com o corpo de fuzileiros navais durante muitos e longos meses. Eu já sabia, muito antes de pôr os pés no quartel, que com toda probabilidade a maioria dos outros quarenta e sete fuzileiros seria muito semelhante entre si, especialmente no que concerne à moral. Os fuzileiros nunca foram muito conhecidos pelas suas virtudes morais (você está sorrindo). Eu sabia que meus colegas se portariam de modo infiel. Sabia que praticariam o tráfego de coisas sensuais. Sabia, bem dentro do meu coração, que transigiriam com o sistema mundano. Enquanto eu navegava naquele navio carregado de tropas, cortando o Pacífico, lembro-me tão claramente como se fora ontem, que eu pensei seriamente sobre a questão da conformidade. Tive bom senso suficiente para dizer: “Senhor Deus, eu me entrego a ti durante esses meses à minha frente. Não quero parecer um monge atacado de auto-retidão, que fica sozinho, separado; contudo, QUERO PALMILHAR UM CAMINHO QUE HONRE O TEU NOME. Portanto, Senhor, preciso da tua força para permanecer só. Eu te apresento o meu corpo... a ti... para a tua glória.”

Não estou falando baseado em teoria. Sei por experiência própria que este tipo de compromisso de lealdade funciona. Durante aqueles meses em que estive rodeado de companheiros fuzileiros navais, que mantinham padrões de moral totalmente diferentes dos meus, jamais me entreguei sob a pressão do coleguismo. Não me conformei. Permaneci fiel à minha esposa. Pela graça de Deus, e pelo seu poder, conservei minha caminhada com Jesus Cristo. Não pretendo parecer um bonachão ingênuo. Desejo comprovar que esse princípio funciona. Portanto, posso dizer aos adolescentes que se levantam segunda-feira de manhã e sabem que ao se dirigirem à escola, estarão rodeados pelo sistema mundano: vocês podem controlar a situação! Vocês são fracos demais, e o mundanismo atraente e apelativo demais. Entretanto, ao apresentar-se diante do Senhor todos os dias, quase até tornar-se um hábito, vocês vencerão Para que isso seja possível, deve haver harmonia – um acordo – em seu eu interno e em seu eu externo.

5. O sacrifício é essencialmente de ordem espiritual. No que concerne a Deus, uma vida piedosa e coerente é agradável e aceitável diante dele.

No que concerne a você, é um ato de culto. É um culto que você presta.

Preciso ser muito franco aqui. Se você é “crente dominical” não resiste quando inferiorizado numericamente. Qualquer pessoa pode voar alto. – qualquer pessoa pode palmilhar a trilha da vitória enquanto está na igreja, sentadinho. Todavia, o tipo de culto de que Romanos 12:1 está falando influi nas suas segundas, quintas, sábados, influi em sua vida toda, todos os dias da semana, na verdade, todas as 52 semanas do ano, todos os anos. Assim, no nível mais profundo há a entrega do eu a Deus em todos os momentos – à hora do almoço, antes de um encontro, durante o encontro; antes de uma viagem, durante as férias. Em qualquer cena em que você se encontra você se entrega a Deus. “Senhor, neste meu corpo há certos apetites, e muitos desejos. E meus olhos, há interesses que não provieram de ti. Estes meus ouvidos, estas minhas mãos, e várias partes do meu corpo percebo que são atraídas, como que puxadas por um ímã para o sistema mundano. Portanto, deliberadamente, de propósito, entrego-te meus olhos, meus ouvidos, meus sentidos, meus processos de raciocínio, como um ato de culto. Eu sou teu, Senhor. Por favor, controla cada uma dessas áreas”.

Tudo isso me leva a uma observação final:

6. Este sacrifício conduz a uma decisão prática e radical. Veja de novo o segundo versículo: “Não vos conformeis com este século, (isto é a decisão prática), mais transformai-vos pela renovação da vossa mente ( a saber, a decisão radical). Muitas pessoas lêem esse versículo e pensam que se trata apenas de estilos de penteados ou de roupas, o que seria apenas uma aplicação superficial. Todavia, a mim me parece que Paulo tinha em mente o fato de o sistema mundano estar em guerra contra Deus.

Somos como pequeninas ilhas de verdade rodeadas por um mar de paganismo, porém lançamos nosso navio todos os dias. NÃO CONSEGUIREMOS VIVER NESTE MUNDO, NEM NEGOCIAR, SEM MANTER RELAÇÕES COM TAIS PESSOAS, MOTIVADAS POR DESEJOS MUNDANOS. SÃO POUCOS OS QUE DEUS CHAMA PARA SEREM MONGES NUM MOSTEIRO OU CONVENTO. POR ISSO PRECISAMOS TOMAR UMA DECISÃO PRÁTICA – A DE NÃO NOS CONFORMAR COM O MUNDO ENQUANTO ESTAMOS NO SISTEMA MUNDANO; E AO MESMO TEMPO, PRECISAMOS TOMAR A DECISÃO RADICAL DE DAR A DEUS A LUZ VERDE, A SABER, NOSSA CONCORDÂNCIA PARA QUE ELE TRANSFORME NOSSA MENTE.

Deixe-me esclarecer estes pensamentos. Em primeiro lugar, que significa estar conformado? Essa palavra significa: “assumir uma expressão externa não proveniente de dentro.” Quando eu me conformo com alguma coisa, ponho máscara; revisto-me de uma máscara que esconde meu verdadeiro eu interior. Bem lá dentro, em minhas profundezas, está a pessoa de Jesus Cristo. QUANDO MEU EU EXTERIOR SE DEDICA A AÇÕES NÃO PARECIDAS COM AS DE CRISTO, ESTOU CONFORMANDO-ME. Mas, quando o Cristo vivo que habita em mim expressa-se na minha vida exterior, não estou conformando-me. Estou sendo autêntico. QUANDO CRISTO VIVE A VIDA DELE EM MIM, MOSTRO UMA EXPRESSÃO GENUÍNA, NÃO ESTOU MASCARADO.

Em segundo lugar, que quer dizer transformar-se? Esta palavra é diferente de conformar-se. O termo bíblico significa “exprimir no exterior o que está no interior”. Não só essa palavra é diferente: é uma antítese de conformar-se. A palavra grega traduzida aqui pelo verbo transformai-vos é metamorphoo, de que se derivaram as palavras portuguesas metamorfose, metamorfismo e outras. “Transformar-se” significa “metamorfosear-se.”

Quando uma larva se transforma numa borboleta, houve uma metamorfose, uma transformação radical. Quando um girino se transforma numa rã, houve uma metamorfose. Quando o Cristo real se expressa através de nossa vida, há evidência de uma mudança dramática. O que acontece é nada menos do que uma transformação espantosa, radical. Como é que ela ocorre? Assim diz Paulo: “pela renovação da vossa mente”. Em minha opinião, é aqui que começa a técnica. É que para concretizar-se uma transformação vitoriosa, em vez de conformação derrotista, há de haver renovação nos pensamentos.

Para que você e eu nos livremos de conformação, precisamos renovar nossa mente. O campo de batalha principal, conforme escrevi no início deste livro, é a mente – aquela parte interior de nosso ser onde decidimos o que somos e o que fazemos. É como escreveu alguém: “Não somos o que somos. Tampouco somos o que os outros pensam que somos. Somos o que pensamos que os outros pensam que somos.” No nível mais profundo, ainda que a maioria das pessoas não queira admitir, a maior parte delas se compõe de conformistas. Eis a razão porque aquela decisão é chamada de radical. Só uma estrutura mental radicalmente diferente pode equipar-nos para permanecer sozinhos quando inferiorizados numericamente. A conformidade estará sempre por ali convidando-nos para entrar, apelando para as nossas inseguranças, pintando um quadro cheio de confortos, cor-de-rosa, que diz “Ah! Venha juntar-se a nós. Por que ser diferente?”...

(Do Livro: “Como Viver Acima da Mediocridade – Levando a Sério o seu Compromisso com Excelência”. Pags.211 a 216. Autor: Charles Swindoll.)

Dois anos de blog 31 de julho de 2011

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