sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O que é Critica e Seus Dois Lados

É comum termos uma visão negativa do termo “fulano só sabe criticar” , por isso surgiu a expressão “crítica construtiva”, mas criticar não é o mesmo que falar mal.


Vamos primeiro à definição do termo:

Crítica – a palavra crítica (do grego crinein) significa separar, julgar. A crítica é uma avaliação que julga o mérito estético de uma obra de arte, a lógica de um raciocínio, a moralidade de uma conduta etc.

Podemos ver então que o trabalho de um crítico é trazer uma avaliação a partir de seus conhecimentos de uma determinada obra ou teoria. Isso permite que pessoas com menos tempo ou conhecimentos avaliem se querem ou não ler o livro, ver o filme, assistir a peça ou palestra etc.

Normalmente, mesmo que seja muito respeitado, o crítico não pode apresentar uma avaliação puramente subjetiva, mas deve embasar sua opinião com determinados aspectos objetivos. Isso é importante, porque alguns críticos de renome podem levantar ou arruinar carreiras artísticas com suas avaliações, e devem usar esse tipo de poder com critério e seriedade. Por esses motivos, muitas empresas que produzem ou comercializam essas obras tentam cooptar o crítico para obter avaliações positivas sobre seus “produtos”. As estratégias vão desde a legítima tentativa de persuasão, através de explanações e conversas, às ofertas de presentes e outras barganhas ao jornalista, o que envolve questões éticas.

A crítica tem duas vertentes: a objetividade e a subjtividade.

A subjetividade se aproxima do que chamamos de “gosto”, um sentimento, um prazer ou asco que temos com algo que se refere a uma identificação interior. Por isso que se diz que gosto não se discute etc.

Critérios objetivos buscam uma racionalidade, uma avaliação a partir de um padrão com o qual a narrativa, obra de arte, teoria, é comparada. Os critérios desse padrão são uma decisão histórica e variaram muito ao longo do tempo. Basicamente são determinados por uma elite que os estipula de acordo com a tradição ou postulados teóricos vigentes em sua época. Isso para determinar se uma obra é “arte”, “marcante”, “significativa”, “de qualidade” etc e merece receber verbas do governo. As obras ditas “comerciais” bem tem sua legitimidade dada por suas vendas, o que implica que agradaram ao público. Mas, como muitos membros da elite consideram que o povo em geral é inculto, de gostos simples e facilmente manipulável pela mídia, esse sucesso não é sinônimo de qualidade.


Uma possibilidade é avaliar a obra em relação ao fim ao qual ela se destina. Por exemplo, uma comédia romântica da Sandra Bullock ou um filme de ação do Vin Diesel que tem como objetivo principal fazer com que um determinado público se divirta no cinema e por algum tempo esqueça seus problemas cotidianos e saia animado depois do filme, pode ser considerado bom se atingiu esse objetivo. Já um filme do Coppola, David Lynch, que tenha como meta levar a questionamentos profundos pessoais e sociais um outro público e não consegue fazer isso, pode ser considerado um filme ruim.


Por fim, devemos lembrar sempre nas críticas em sermos gentis. Se alguém gostou de um filme, HQ, música, livro, etc e você não, não diga que tal obra é uma m###. Primeiro, é uma m### para você e não para aquela pessoa. Segundo, se ela gostou é porque uma parte dela se identificou com o filme e sua opinião estará indiretamente dizendo que aquela parte dela é uma m### ou pelo menos que gosta de m###s. Ser gentil, usar de eufemismos, não é hipocrisia ou ser “politicamente correto”, é respeitar os sentimentos do outro.



Carlos Klimick http://historias.interativas.nom.br/klimick/?p=14

Conhecimento: racionalismo X empirismo

Este post é sobre duas fontes básicas de conhecimento: o racionalismo e o empirismo.

O racionalismo desconfia das informações fornecidas pelos sentidos, crendo que essas são por demais falíveis, que é muito fácil se enganar “ouvindo errado” ou “vendo o que não estava lá”. O caminho correto para o conhecimento seria o bom uso da razão. Um sistema racional elaborado a partir de premissas válidas traria o conhecimento real, a verdade.
Essa corrente é de matriz européia continental, com muita força na França e Alemanha, seus primórdios são marcados pela frase de Renée DEscartes “penso, logo existo”. Descartes começou a questionar todas as verdades fundamentadas na tradição, no “é porque sempre foi assim”, desmontando superstições, misticismo, conceitos sem base sólida etc. Chegou a ponto de duvidar de tudo e então estabeleceu suas premissas. A primeira é de que se duvidava de certezas milenares, não duvidava que ele estava ali duvidando. “Penso, logo existo” “Cogito ergo sum”. Esta virada fundamental dá ao sujeito, o indivíduo, o direito de questionar as tradições mantidas pela coletividade.
Entre outras premissas de Descartes estavam a existência de Deus e o primado da razão. Ele constrói então um sistema racional que inclui o método científico e nega a existência de bruxas e monstros, enfraquecendo as “caças às bruxas” na Europa. As leis passam então a ter necessidade de uma base lógica.
Sabendo do sistema racional que tudo engloba, você pode investigar os casos individuais na natureza e na sociedade. Vai-se do todo para as partes, o método dedutivo.

O empirismo, de matriz inglesa com John Locke, vai pelo caminho inverso. Considera que o ser humano nasce uma “tábula rasa” sem nada saber, todo o conhecimento vem pelos sentidos e só depois é trabalhado pela razão. Assim, deve-se ter rigor e cuidado nas observações, mas algo só é verdadeiro se for comprovado na experimentação. É “ver para crer”. Sem essa validação da experiência perde-se o contato com o real, pois a teoria racional pode-se perder em elocubrações sem sentido ou desviar-se da realidade.
Assim, de observação em observação chega-se ao funcionamento do sistema, vai-se das partes para o todo pelo método indutivo.
O empirismo foi fundamental para a ciência, para o conhecimento técnico e para a democracia. Através dele se questionará o direito divino dos reis, levando à Revolução Gloriosa na Inglaterra e à independência e democracia americanas. Um forte de que as coisas tem de funcionar na prática impulsionará o desenvolvimento da Inglaterra e dos Estados Unidos.

Ambos são válidos e devem tomar cuidado. O racionalismo pode se perder em discussões sobre “o sexo dos anjos” ou “a natureza do tempo” ou ainda “não estrague minha bela teoria com seus ridículos fatos” e deduzir algo totalmente errado.
O empirismo pode cometer erros primários senão escolher bem suas amostras ao somar informações para chegar ao todo. Por exemplo:
correto: urubu é pássaro, corvo é pássaro. Urubus e corvos tem penas, logo pássaros tem penas.

errado: urubu é pássaro, corvo é pássaro. Urubus e corvos são pretos, logo pássaros são pretos.


Carlos Klimick http://historias.interativas.nom.br/klimick/?p=20

Nenhuma Condenação




De todas as provas que eu já passei
É bem difícil Senhor, a gente ter que ouvir
Acusações do vil tentador
Lembranças do passado vem e querem me fazer parar
Ou mesmo palavras de alguém, que não quer na gente
acreditar
E quase parando sem força e vigor
A gente lê a palavra
E encontra bastante poder pra vencer
Continuar a jornada
E vê que o passado ficou pra trás
Pois Cristo na cruz tudo já venceu
E deles já nem se lembra mais, eu canto pra glória de
Deus

Nenhuma condenação há
Para quem está em Ti Jesus
Cuja a vida coberta está
Pelo sangue que venceu na cruz
É certo que provas virão
Investidas no vil tentador
Mas nenhuma condenação há
Para quem está em Ti,
Querido Senhor

Dois anos de blog 31 de julho de 2011

Dois anos de blog 31 de julho de 2011
Obrigada a todos que visitaram, comentaram e seguiram! Deus abençõe a todos!!